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Este blog pessoal é um espaço de partilha e reflexão. É também um espaço de divulgação da Freguesia de Loureiro.
Comecei a escrever uns poemas na juventude e com o passar dos anos a ideia de os publicar foi amadurecendo. Há muito tempo que esperava uma oportunidade que surgiu agora. A Seda Publicações disponibilizou-se para fazer voar este livro, como pássaro nova a sair do ninho.
A sua apresentação é no próximo dia 18 de outubro, pelas 21 horas, no Auditório da Junta de Freguesia de Loureiro. Estão todos/as convidados/as.
De força a vida te muna
Para um humilde assumir
De alegria trina e una
De ser, saber e servir
Agostinho da Silva
De Tarde
Cesário Verde (1855 - 1886)
Quem sou?
Frequentemente me dizem que
saí do confinamento de minha cela
tranquilo, alegre e firme
como um senhor de sua mansão de campo.
Quem sou?
Frequentemente me dizem
que costumo falar com os guardiões da prisão confiada,
livre e claramente,como se eu desse as ordens.
Quem sou?
Também me dizem
que superei os dias de infortúnio
orgulhosa e amavelmente, sorrindo,
como quem está habituado a triunfar.
Quem sou? Esse ou aquele?
Um agora e outro depois?
Ou ambos de uma vez?
Hipócrita perante os demais
e, diante de mim mesmo, um débil acabado?
Ou há, dentro de mim,algo como um exército derrotado
que foge desordenadamente da vitória já alcancada?
Se existe beleza,
Alguma,
Profunda.
É ao domingo
No adro,
Na igreja,
Nas conversas,
Nos cigarros escondidos dos jovens.
E lá vem de roupa domingueira,
O Zé e o Manel,
A Maria e a Manuela.
Bicicleta,
Motorizada,
A pé
Ou de carro.
Quase muitos,
Vêm e vão,
Falam e riem.
Namoram e missionam
E depois vão ou foram então à Eucaristia.
22 de Fevereiro de 2000
02:58
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