por Rui Luzes Cabral, em 10.09.08
Não são precisas máquinas, nem grandes teorias, nem procurar muito longe. Apesar de o acelerador de partículas não ter sido criado para provar algo relacionado com a transcendência, há sempre quem queira, em diversas circunstâncias, prová-lo através da ciência.
Por isso a comunicação social vai sempre atrás de comentários. Lança sempre o isco à água. É que a TSF foi hoje confrontar o teólogo Anselmo Borges sobre o que representa a entrada em funcionamento do mega projecto que há cerca de 30 anos anda a ser construído e pensado em território europeu (CERN). O religioso “entende que subsistirão as dúvidas relacionadas com as razões da existência de um Big Bang mesmo após as experiências desta quarta-feira com o acelerador de partículas. Mesmo assim, este estudioso mostrou-se “fascinado” com estas experiências.”
“Aí é que volta sempre a pergunta: o mundo cria-se a si mesmo, explica-se por si mesmo ou, pelo contrário, tem na sua raiz no seu fundamento, um Deus pessoal, transcendente, criador?”, questiona Anselmo Borges.