"A paz no Médio Oriente não passa por resoluções da ONU, diz Barack Obama"
O presidente norte-americano afirmou, na abertura da Assembleia Geral da ONU, não existirem “atalhos” para a pacificação do Médio Oriente, sublinhando que a formação de um estado palestiniano passará por negociações diretas com Israel. “São os israelitas e os palestinianos, não nós, quem deve chegar a um acordo sobre as questões que os dividem”, como “as fronteiras e a segurança, os refugiados e Jerusalém”, sublinhou o presidente norte-americano, afastando-se do discurso da última sessão da Assembleia Geral da ONU, em setembro de 2010, quando disse acreditar que “no prazo de um ano” se chegaria a um acordo para a criação de um Estado palestiniano.
Barack Obama admitiu estar dececionado com o impasse no processo de paz no Médio Oriente e frisou que a paz na região “não se alcançará mediante declarações e resoluções da ONU”.
A Autoridade Nacional Palestiniana prevê levar uma proposta ao Conselho de Segurança, na sexta-feira, para o reconhecimento da Palestina como um estado independente de Israel e com plenos direitos na organização, mas Barack Obama frisa agora a necessidade de um acordo entre as duas partes, que considera terem “aspirações legítimas”.
“A paz depende do compromisso entre as pessoas que devem viver juntas. É essa a lição da Irlanda do Norte, onde os antigos inimigos superaram as diferenças. Essa é a lição do Sudão, onde um acordo negociado levou a um estado independente. E é esse o caminho para um Estado palestiniano”, concluiu o presidente norte-americano.
@SAPO Imagem @ EPA/Jason Szenes
COMENTÁRIO:
Aquilo a que chamam "paz", no Iraque, no Afeganistão, Líbia e tantos outros sítios, afinal, passou por resoluções das Nações Unidas, algumas delas suportadas em escandalosas mentiras. Muitas delas para resolverem problemas momentâneos ou interesses obscuros. e um problema de tantos anos, de tão fácil resolução empata-se com conversa fiada? Pobre de ti Ocidente!... Depois queixas-te que há um eixo do mal...